Os temas de pesquisa em ciência da informação
e suas implicações político-epistemológicas
[i]

 

Nanci Oddone[ii]

E-mail neoddone@uol.com.br

Maria Yêda F. S. de Filgueiras Gomes[iii]

E-mail yedafgomes@hotmail.com

 

 

RESUMO

Este estudo propõe um novo esquema temático e classificatório para a área da ciência da informação. Constatada a inadequação dos esquemas disponíveis na literatura nacional e internacional da área, as autoras optaram por organizar um novo instrumento taxonômico que, beneficiando-se da estrutura estabelecida em classificações anteriores, procura incorporar as transformações ocorridas na disciplina após a introdução das tecnologias de comunicação e informação contemporâneas e suas muitas repercussões políticas e epistemológicas. O novo esquema busca caracterizar-se como um instrumento mais atualizado e mais ajustado às atuais necessidades da área, não apenas no que se refere à descrição e à avaliação das investigações desenvolvidas por seus pesquisadores, mas sobretudo no que diz respeito à definição de seus fundamentos epistemológicos e à demarcação de seu espaço científico-acadêmico. Acredita-se, por conseqüência, que tal instrumento possa assegurar uniformidade ao universo temático compreendido pela disciplina, facilitando o estabelecimento de critérios comensuráveis de comparação entre as diferentes áreas de concentração e linhas de pesquisa dos programas de pós-graduação, proporcionando uma reflexão mais circunstanciada sobre seu arcabouço teórico e permitindo uma inserção política mais transparente para a área.

 

PALAVRAS-CHAVE

Ciência da informação; política; epistemologia; taxonomia; avaliação

 

 

ABSTRACT

The study suggests a new thematic scheme for the field of information science. Identifying the inadequacy of the classificatory instruments available in the literature, both at the national and international levels, the authors chose to organize a new taxonomy which, benefiting from the structure of the previous schemes, tries to embody the changes brought to the domain by the introduction of the contemporary communication and information technologies and their innumerous political and epistemological consequences. The new classification pretends to be more attuned to and up-to-date with the current needs of the field, not only in relation to the description and evaluation of the investigations conducted by their researchers, but specially respecting the definition of its epistemological bases and academic spaces. The authors also believe their taxonomy may contribute to attain a wider standardization of the universe of themes comprehended in the domain, thus promoting the establishment of commensurable touchstones between the different lines of research of its graduate programs, enabling more accurate musings about its theoretical structure and allowing a clearer political insertion to the field.

 

KEYWORDS

Information science; policy; epistemology; taxonomy; evaluation

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

Considerações iniciais

A nova taxonomia: estrutura e características

A proposta do Information Science Abstracts

Considerações finais

Referências


“Classificar é a mais nobre operação do espírito, aquela que envolve todas as outras;
o espírito se eleva à medida que é capaz de abstrair, sistematizar, sintetizar.”

Paul Otlet, 1927[iv]

 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 

A organização e a classificação dos elementos da natureza e do conhecimento humano sempre foram preocupações de primeira ordem entre cientistas e filósofos (DAHLBERG, 1995; LÉRTORA MENDOZA, 2000). Desde Francis Bacon, que criou um dos mais antigos esquemas de organização intelectual conhecidos, a classificação do saber humano figura entre as tarefas de maior relevância a que se dedicam estudiosos de todas as áreas (BOURG, 2003; HODGE, 2000). As taxonomias científicas surgidas no âmbito da botânica, da zoologia e da paleontologia, por sua vez, são peças-chave no trabalho contemporâneo de investigadores das diferentes ciências naturais e sociais (VICKERY, 1980)

Na biblioteconomia, na documentação e hoje também na ciência da informação, esquemas classificatórios dos múltiplos ramos da atividade filosófica e científica do ser humano são instrumentos de trabalho indispensáveis, sem os quais seria impraticável oferecer aos usuários os recursos bibliográficos necessários à pesquisa e ao avanço do conhecimento (CAMPOS, 1978; POMBO, 1997). Pode-se mesmo considerar, na verdade, que o exercício profissional de bibliotecários e cientistas da informação está centrado em torno desses instrumentos que, desde Melvil Dewey, são um dos elementos fundadores dessas práticas profissionais (MIRANDA, 1999; ALBRECHTSEN, 2000).

Contemporaneamente, o advento da Internet e dos sistemas eletrônicos de recuperação da informação trouxe novas problemáticas ao estudo das classificações do conhecimento e dos vocabulários controlados (HAWKINS & LARSON & CATON, 2003). Interessada no aperfeiçoamento dos recursos utilizados na indexação do conteúdo de seus produtos, a indústria da informação, por exemplo, vem tentando desenvolver ferramentas cada vez mais potentes e mais acuradas de representação do conhecimento, de modo a obter resultados efetivamente diferenciados em relação a seus competidores (DELPHI GROUP, 2002; EDOLS, 2001).

Por outro lado, com a disseminação e o aprimoramento da bibliometria e de várias técnicas a ela relacionadas a partir da segunda metade do século XX, as tabelas de classificação do conhecimento passaram a constituir poderosos auxiliares de trabalho para historiadores da ciência e epistemólogos (SOUZA & MANASFI, 1999; TOLMASQUIM, 1999), em sua tentativa de identificar a evolução e as configurações do saber em diferentes campos científicos, incluindo a própria ciência da informação (JÄRVELIN & VAKKARI, 1990). Nesse sentido, a investigação conduzida por Järvelin e Vakkari em 1993 para definir o escopo dessa disciplina no período entre 1965 e 1985 é hoje um clássico da literatura especializada (JÄRVELIN & VAKKARI, 1993) utilizado como referência por grande parte dos estudos posteriores da mesma natureza (veja-se, a título de exemplo, LICEA DE ARENAS et alii, 2000; OLIVEIRA, 1999; 2001; ROCHESTER & VAKKARI, 1997).

Apesar do alcance e da permanência de seu uso, contudo, a tabela de classificação utilizada pelos dois investigadores escandinavos para análise do conteúdo da pesquisa na área está hoje bastante desatualizada, não mais representando adequadamente a atualidade da pesquisa em ciência da informação (OLIVEIRA, 1998). Isso tem estimulado o aparecimento de uma razoável variedade de esquemas independentes de classificação temática da disciplina, resultando na inconsistência de seus padrões de avaliação, na não-uniformidade dos panoramas de crescimento da área e na imprecisão conceitual quanto às tendências mais recentes da investigação por ela conduzida.

Sobretudo no contexto dos modernos repositórios de textos eletrônicos (SOUZA, 2000; VIZINE-GOETZ, 2002), em especial os conhecidos “arquivos abertos”, verifica-se hoje uma proliferação de esquemas classificatórios para a ciência da informação, com classes temáticas díspares e às vezes redundantes – das mais variadas origens – que demonstram pouca atenção aos processos de avaliação da disciplina e pouco cuidado na aplicação de critérios internacionais de padronização. Exemplos expressivos desse problema são o Archive Ouverte en Sciences de l'Information et de la Communication (http:// archivesic.ccsd.cnrs.fr/), criado na França, e a Digital Library of Information Science & Technology (http://dlist.sir.arizona.edu/), produzida nos Estados Unidos.

Em sua maior parte, os recursos eletrônicos disponíveis através da Internet são classificados de acordo com instrumentos que já provaram não representar de modo favorável a diversidade da pesquisa na área – como é caso da Classificação Decimal de Dewey, utilizada por exemplo no catálogo BUBL Link (http://bubl.ac.uk/link/lis.html) – ou com o auxílio de recursos que não foram desenvolvidos para tal finalidade – como é o caso dos cabeçalhos de assunto da International Encyclopedia of Information and Library Science, empregados no índice do diretório Resources for Information & Library Science (http://www.ics.ltsn.ac.uk/ILS/ilsindex.h tml). Um caso menos comum é o do repositório E-LIS – Eprints for LIS (http://eprints.rclis.or g/), resultado do trabalho voluntário de quatro pesquisadores de diferentes países. Preocupado com a organicidade e a transparência do arquivo que planejavam construir, o grupo utilizou dois outros esquemas anteriores para construir uma tabela de classificação própria – intitulada JITA Classification System of Library and Information Science – que oferecesse orientação segura para os autores (BARRUECO CRUZ et al., 2003).

Além dos problemas até aqui evidenciados, a ausência de um instrumento que ordene e classifique os temas de pesquisa tratados pela ciência da informação de maneira uniforme tem dificultado os processos de transmissão do conhecimento na área, assim como obstruído, em certa medida, as perspectivas de sua mais ampla difusão (RIESTHUIS, 1994). Todo esse conjunto de fatores negativos sem dúvida vem representando também uma barreira adicional à consolidação da identidade da disciplina e, como conseqüência, um obstáculo a mais para a sua plena visibilidade no cenário acadêmico-científico nacional.

Originando-se de dois projetos distintos de mensuração e avaliação da pesquisa na área[v], o presente estudo propõe-se a delinear um instrumento taxonômico mais flexível e melhor adaptado aos assuntos que vêm sendo estudados e publicados em ciência da informação no Brasil. Comprometidas com a qualidade da análise temática necessária às suas pesquisas, as autoras sentiram dificuldade em utilizar os esquemas disponíveis na forma em que eles se apresentavam na literatura, já que tais esquemas, em sua maioria, revelaram-se deficientes para refletir a matriz disciplinar da ciência da informação.

A tabela de classificação de assuntos que aqui se submete à apreciação da comunidade foi elaborada a partir do conteúdo dos artigos analisados no âmbito dos projetos mencionados e também a partir de outros esquemas classificatórios encontrados na literatura especializada em ciência da informação. Entre estes devem ser destacados, como os mais utilizados no Brasil, os instrumentos projetados e utilizados por Järvelin e Vakkari (1990; 1993), Neusa Dias de Macedo (1987; 1988), Leilah Santiago Bufrem (1996; 1997) e Sonia Kasuko Sakai Teixeira (1997; MUELLER, 2001) e o JITA Classification System of Library and Information Science (BARRUECO CRUZ, 2003), por sua proposta inovadora. Por fim deve-se mencionar o Thesaurus of Information Science, da American Society for Information Science & Technology, consultado pelas autoras em sua versão eletrônica (MILSTEAD, 2000).

Para conhecer e avaliar os parâmetros conceituais e ordenatórios que cada um desses esquemas classificatórios propõe recomenda-se a consulta à versão anterior deste trabalho, publicada nos Anais do V ENANCIB (ODDONE & GOMES, 2003). A seguir apresenta-se a listagem nominal dos diferentes recursos que foram objeto da presente revisão:

• tabela utilizada por Neusa Dias de Macedo – criada para o Catálogo de Teses e Dissertações da Ciência da Informação, obra regularmente publicada pelo IBICT entre as décadas de 1970 e 1980, à qual está reservada a precedência temporal sobre os demais itens;

• esquema desenvolvido por Järvelin e Vakkari, ao qual está reservada a ubiqüidade de uso na área, tanto no Brasil como no exterior (1990; 1993);

• tabela desenvolvida por Leilah Santiago Bufrem para a pesquisa que resultou em sua tese de professor titular (1996; 1997);

• esquema preparado por Sonia Kasuko Sakai Teixeira para a investigação que resultou em sua dissertação de mestrado, amplamente baseado em Järvelin e Vakkari (TEIXEIRA, 1997; MUELLER, 2001);

• JITA Classification System of Library and Information Science, esquema concebido pelo repositório eletrônico E-LIS – Eprints for LIS (BARRUECO CRUZ, 2003);

• Thesaurus of Information Science, da American Society for Information Science & Technology, por sua tradição na área, aqui consultado em sua versão eletrônica (MILSTEAD, 2000).

 

 

A NOVA TAXONOMIA: ESTRUTURA E CARACTERÍSTICAS

 

Tomando como base os esquemas de classificação do conhecimento indicados na seção anterior e incorporando mudanças sugeridas pelo conteúdo dos artigos encontrados nos periódicos pesquisados[vi], elaborou-se uma proposta de classificação temática para a área que aproveita algumas categorias e subcategorias de assunto das tabelas consultadas, desdobra outras, exclui as consideradas insuficientes ou inadequadas e acrescenta aquelas consideradas necessárias (JÄRVELIN & VAKKARI, 1990; BUFREM, 1996). A introdução de novas classes e subclasses constitui uma tentativa de contemplar temas e subtemas que acabam por ficar obscurecidos nas classificações disponíveis. Não obstante, procurou-se evitar a construção de um esquema que refletisse apenas a produção científica do momento presente. Ao contrário, pretendeu-se construir uma estrutura que, de modo abrangente, envolvesse todo o amplo universo temático da disciplina na atualidade. Ao mesmo tempo, para salientar o caráter contemporâneo do novo instrumento, preferiu-se adotar para o mesmo o título de “taxonomia”, uma tendência da literatura internacional da área.

A taxonomia que se propõe neste documento está estruturada em dez categorias gerais, cada uma com suas respectivas subcategorias de assuntos específicos. Como se observa, entretanto, algumas dessas subcategorias estão incluídas em mais de uma categoria geral – é o caso por exemplo do subtema Normalização, incluído na classe Comunicação, divulgação e produção editorial e também na classe Processamento, recuperação e disseminação da informação. Isso significa que o tópico Normalização admite mais de um ponto de vista e que a depender do modo como ele é abordado em um determinado texto sua classificação poderá variar: se a ênfase recair sobre a atividade de normalização de documentos no âmbito dos processos de recuperação e disseminação da informação então o trabalho deverá ser classificado na classe Processamento, recuperação e disseminação da informação. Ao contrário, caso o enfoque principal seja o trabalho de normalização no contexto dos processos de produção editorial o texto deverá ser incluído na classe Comunicação, divulgação e produção editorial.

Para uma compreensão mais precisa da estrutura da nova taxonomia, relacionam-se a seguir suas principais categorias temáticas, acompanhadas de breve ementa descritiva:

 

 

01. Aspectos teóricos e gerais da ciência da informação

01. Trabalhos que abordam a fundamentação epistemológica da disciplina, a origem e a evolução da área, a interdisciplinaridade e a pesquisa científica, entre outros aspectos teóricos; envolve o estudo de conceitos, métodos, leis, modelos e teorias.

02. Formação profissional e mercado de trabalho

01. Estudos que tratam de questões curriculares, metodológicas, programáticas e de avaliação do ensino, tanto em nível de graduação como de pós-graduação; análises sobre a formação profissional, focalizando aspectos como educação continuada e evasão escolar; trabalhos que analisam as profissões de informação, o profissional da informação (perfil, habilidades, competêntências e atuação), ética profissional e mercado de trabalho.

03. Gerência de serviços e unidades de informação

01. Trabalhos que tratam de planejamento, organização, gerência e avaliação de unidades de informação, incluindo diferentes tipos de bibliotecas e centros de documentação, redes e sistemas de informação e demais serviços e atividades de informação; envolve aspectos relativos à gestão da qualidade, ao marketing e à gerência de recursos informacionais, entre outros.

04. Estudos de usuário, demanda e uso da informação e de unidades de informação

01. Estudos que analisam comunidades de usuários; demandas e necessidades de informação; transferência da informação e uso de unidades e serviços de informação.

05. Comunicação, divulgação e produção editorial

01. Trabalhos que estudam canais, veículos, ciclos e modelos de comunicação, além de outros aspectos relativos à comunicação da informação entre pesquisadores mediante mídia impressa ou eletrônica; estudos da literatura e do documento; trabalhos que abordam a editoração científica e a divulgação.

06. Informação, cultura e sociedade

01. Textos que estudam a globalização, os impactos da informação sobre a sociedade; as unidades de informação enquanto espaços de comunicação e informação; a educação e a cultura; a informação e a construção da cidadania; o papel e a influência dos centros populares de documentação e comunicação, entre outros.

07. Legislação, políticas públicas de informação e de cultura

01. Textos sobre política bibliotecária, política de incentivo à leitura, política de informação e sobre política, gestão e planejamento de estruturas e sistemas de informação científica e tecnológica; sobre economia da informação e política cultural, entre outros.

08. Tecnologias da informação

01. Trabalhos sobre o impacto e o uso das tecnologias de informação nos diferentes setores da sociedade, sobretudo no ensino, na profissão e nas unidades de informação; estudos sobre a implantação de sistemas de inteligência competitiva; sobre recursos para a automação de unidades de informação; estudos sobre as redes eletrônicas de informação e sobre as bibliotecas virtuais, digitais e eletrônicas, entre outros.

09. Processamento, recuperação e disseminação da informação

01. Estudos que tratam dos serviços técnicos de unidades de informação, entre eles: seleção e aquisição; política e desenvolvimento de coleções; atividades de tratamento e representação, recuperação e disseminação da informação; envolve temas como linguagem documentária, classificação, descrição bibliográfica e análise de assunto, entre outros.

10. Outros assuntos correlatos e outros

01. Textos sobre áreas limítrofes à ciência da informação como informática, lingüística, comumunicação social, leitura, literatura infanto-juvenil; trabalhos que abordam temas que não têm maiores vínculos com a área, entre eles música popular brasileira, história das mentalidades, sistema ortográfico luso-brasileiro, entre outros.

 

 

A seguir, para uma melhor visualização do esquema aqui proposto, apresenta-se a nova tabela em sua forma gráfica:

TAXONOMIA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

01 – Aspectos teóricos e gerais da ciência da informação

01 – Bibliometria, cienciometria, infometria

01 – Biblioteconomia comparada

01 – Biblioterapia

01 – Conceitos de biblioteca

01 – Ética e ciência da informação

01 – Fundamentação epistemológica

01 – História da arquivologia, da biblioteconomia, da documentação e da ciência da informação

01 – História do livro e das bibliotecas

01 – Interdisciplinaridade

01 – Leis bibliométricas

01 – Metodologia da pesquisa

01 – Origem e evolução da ciência da informação

01 – Pesquisa científica

01 – Teoria dos sistemas

01 – Teorias e conceitos de informação

01 – Outras questões teóricas

 

02 – Formação profissional e mercado de trabalho

01 – Avaliação de cursos

01 – Currículo, metodologia e programa de ensino

01 – Formação profissional

01 – Profissional da informação

01 – Profissões e mercado de trabalho

 

03 – Gerência de serviços e unidades de informação

01 – Arquivos

01 – Automação de unidades de informação

01 – Avaliação de bases de dados

01 – Avaliação e desenvolvimento de coleções

01 – Avaliação de serviços e de unidades de informação

01 – Balcão de informações

01 – Consórcios

01 – Compartilhamento de recursos

01 – Comportamento gerencial

01 – Custos

01 – Estilos gerenciais

01 – Gerência de recursos informacionais (GRI)

01 – Gerência organizacional

01 – Gestão da qualidade

01 – Inteligência competitiva

01 – Marketing

01 – Monitoramento ambiental

01 – Motivação

01 – Pesquisa de mercado

01 – Planejamento, organização e gerência de serviços e de unidades de informação

01 – Processo decisório

01 – Recursos financeiros

01 – Recursos humanos

01 – Serviços de extensão bibliotecária

01 – Sistemas de informação gerencial

01 – Estudos sobre outros serviços e unidades de informação

 

04 – Estudos de usuário, demanda e uso da informação e de unidades de informação

01 – Caracterização e comportamento do usuário

01 – Educação e treinamento de usuários

01 – Hábitos de leitura

01 – Necessidades de informação

01 – Oferta, demanda e transferência de informação

01 – Uso e impacto das novas tecnologias de comunicação e informação

01 – Usos da informação e de unidades de informação

 

05 – Comunicação, divulgação e produção editorial

01 – Atividade editorial

01 – Avaliação de periódicos

01 – Divulgação científica

01 – Documentação científica

01 – Editoração/publicação eletrônica

01 – Estudos bibliométricos, cienciométricos e infométricos

01 – Estudos da produção e da produtividade científica

01 – Estudos de autoria

01 – Estudos de canais, veículos, ciclos e modelos de comunicação

01 – Estudos de citação

01 – Estudos sobre fontes de informação

01 – Indicadores de produtividade científica

01 – Jornalismo científico

01 – Literatura cinzenta

01 – Normalização

01 – Produção editorial de impressos

01 – Produção do texto científico

01 – Publicações oficiais

 

06 – Informação, cultura e sociedade

01 – Alfabetização digital

01 – Biblioteca, cultura e sociedade

01 – Centros populares de documentação e comunicação

01 – Democratização da informação

01 – Inclusão/exclusão informacional

01 – Informação, ação cultural e cidadania

01 – Sociedade da informação

 

07 – Legislação, políticas públicas de informação e de cultura

01 – Depósito legal

01 – Direitos de propriedade intelectual

01 – Economia da informação

01 – Indústria e mercado cultural

01 – Indústria e mercado da informação

01 – Informação ambiental

01 – Informação científica e tecnológica

01 – Informação para indústria e negócios

01 – Informação tecnológica

01 – Política científica e tecnológica

01 – Política cultural

01 – Política de informação

01 – Política de informação científica e tecnológica

01 – Política editorial

01 – Transferência de tecnologia

 

08 – Tecnologias da informação

01 – Bases de dados

01 – Bibliotecas virtual, digital e eletrônica

01 – CD-ROM

01 – Hipertexto e hipermídia

01 – Mecanismos de busca (search engines)

01 – Redes eletrônicas de informação

01 – Sistemas de gerenciamento eletrônico de documentos (GED)

01 – Sistemas especialistas

01 – Sistemas para automação de unidades de informação

01 – Tecnologias de inteligência competitiva

01 – Outros sistemas e tecnologias de comunicação e informação

 

09 – Processamento, recuperação e disseminação da informação

01 – Análise documentária

01 – Catalogação/catalogação cooperativa

01 – Classificação

01 – Controle bibliográfico

01 – Desenvolvimento de coleções

01 – Elaboração de resumos

01 – Indexação (manual e automática)

01 – Linguagens documentárias

01 – Normalização

01 – Metadados

01 – Preservação e conservação

01 – Retirada e descarte

01 – Recuperação da informação

01 – Seleção e aquisição

01 – Tesauros

01 – Videotexto

 

10 – Assuntos correlatos e outros

01 – Análise do discurso

01 – Arquitetura da informação

01 – Comunicação social

01 – Design da informação

01 – Informática

01 – Lingüística

01 – Telecomunicações

 

 

A PROPOSTA DO INFORMATION SCIENCE ABSTRACTS

 

Algum tempo após concluir a formulação do esquema taxonômico apresentado neste documento, as autoras observaram que o Journal of the American Society for Information Science & Technology havia publicado um artigo intitulado Information Science Abstracts: tracking the literature of information science. Part 2: a new taxonomy for information science (HAWKINS et al., 2003), cujos objetivos se identificavam, em todos os sentidos, com os do presente trabalho. Ao empreender um exame do novo esquema, verificou-se que, salvo algumas diferenças, em especial de ênfase, nomenclatura, organização e detalhamento, a taxonomia desenvolvida por Hawkins e outros guardava grande semelhança com a que aqui se apresentou. A simultaneidade dos dois trabalhos, por outro lado, demonstrava a oportunidade da iniciativa nacional, enquanto a afinidade entre os resultados dos dois trabalhos deixava patente, por fim, a acuidade das análises teórica e praxiológica que resultaram neste documento (HAWKINS, 2001).

Com o intuito de estimular o cotejo entre os dois instrumentos e de permitir uma avaliação mais precisa das duas novas taxonomias pelos pesquisadores brasileiros da área da ciência da informação, julgou-se pertinente traduzir e incorporar a tabela de Hawkins e outros a este texto.

 

TABELA DESENVOLVIDA POR DONALD T. HAWKINS E OUTROS (2001; 2003)
INFORMATION SCIENCE TAXONOMY

01 – Pesquisa em ciência da informação

01 – • Conceitos básicos, definições, teorias, metodologias e aplicações

01 – • Propriedades, necessidades, qualidade e valor da informação

01 – • Estatística, mensuração

01 – • bibliometria

01 – • análise de citações

01 – • cientometria

01 – • informetria

01 – • Pesquisa de recuperação da informação

01 – • técnicas de busca (booleana, difusa, linguagem natural)

01 – • processo de busca

01 – • precisão/relevância

01 – • ordenação/revocação

01 – • modelos de busca

01 – • formulação de consulta

01 – • arquivos invertidos

01 – • atualização

01 – • estruturas de bases de dados

01 – • Comportamento do usuário e usos de sistemas de informação

01 – • táticas de busca

01 – • sobrecarga de informação

01 – • estudos de usuários

01 – • estudos de usabilidade

01 – • Interface homem-computador

01 – • fatores humanos

01 – • ergonomia

01 – • questões de design

01 – • Comunicação

01 – • edição

01 – • escrita

01 – • lingüística

01 – • aplicações para Internet e princípios de design

01 – • Pesquisa operacional/matemática

01 – • modelagem

01 – • lógica booleana

01 – • codificação

01 – • análise de sistemas

01 – • algoritmos

01 – • compressão de dados

01 – • História da ciência da informação, biografias

 

02 – Organização do conhecimento

01 – • Tesauros, listas de autoridade

01 – • taxonomias

01 – • ontologias

01 – • redes semânticas

01 – • nomenclaturas

01 – • terminologias

01 – • vocabulários

01 – • Catalogação e classificação

01 – • tags

01 – • metatags

01 – • metadados Dublin Core (Dublin Core Metadata Initiative – DCMI)

01 – • identificadores de objetos digitais (digital object identifiers – DOIs)

01 – • catálogos para acesso público em linha (online public access catalogs – OPACs)

01 – • formato MARC (Machine-Readable Cataloging)

01 – • Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR, 2. ed.)

01 – • mapas tópicos

01 – • processos e teorias de catalogação

01 – • Elaboração de resumos, indexação, revisão

01 – • indexação e resumos automatizados

01 – • Padrões e protocolos

01 – • National Information Standards Organization (NISO)

01 – • Z39.5

01 – • XML

01 – • SGML

01 – • HTML

01 – • arquivos abertos (Open Archives Initiative – OAI)

01 – • Encoded Archival Description (EAD)

01 – • OpenURL

01 – • portable document format (PDF)

 

03 – Profissão da informação

01 – • Profissionais da informação

01 – • intermediários

01 – • pesquisadores

01 – • bibliotecários de referência

01 – • agentes de informação

01 – • tradutores

01 – • educadores

01 – • bibliotecários e biblioteconomia

01 – • orientação

01 – • panorama profissional

01 – • futuro da profissão

01 – • ética profissional

01 – • habilidades e competências

01 – • Organizações e associações

 

04 – Questões sociais

01 – • Ética da informação, plágio, credibilidade

01 – • Alfabetização informacional, educação continuada

01 – • Sociedade da informação

01 – • acesso universal e acessibilidade

01 – • impactos tecnológicos e socioeconômicos da informação

01 – • previsões tecnológicas

01 – • fluxos informacionais

01 – • cenários futuros

01 – • preservação

 

05 – Indústria da informação

01 – • Informação e gestão do conhecimento

01 – • transferência do conhecimento nas organizações

01 – • estratégias de negócios

01 – • Mercados e atores

01 – • perfis e entrevistas com fornecedores

01 – • tendências

01 – • Economia e preços

01 – • modelos empresariais

01 – • cadeia de valor

01 – • Marketing, comércio eletrônico

 

06 – Produção editorial e distribuição

01 – • Impressos

01 – • Eletrônicos

01 – • periódicos eletrônicos

01 – • livros eletrônicos

01 – • Publicações secundárias

01 – • serviços de elaboração de resumos e indexação

01 – • diretórios

01 – • Comunicação científica

01 – • processo de revisão pelos pares

01 – • futuro dos periódicos

01 – • dissertações

01 – • literatura cinzenta

 

07 – Tecnologias da informação

01 – • Internet

01 – • World Wide Web

01 – • Web invisível

01 – • Web profunda

01 – • mecanismos de busca

01 – • navegadores

01 – • hipermídia

01 – • servidores de listas

01 – • quadros de avisos

01 – • portais

01 – • gateways

01 – • diretórios

01 – • pathfinders

01 – • Intranets, conferências Web

01 – • Software

01 – • linguagens de programação

01 – • sistemas operacionais

01 – • plataformas

01 – • Equipamentos (hardware)

01 – • Multimídia

01 – • Gestão de documentos

01 – • produção e tratamento de imagens

01 – • escaneamento

01 – • recuperação de textos

01 – • digitalização

01 – • gestão de registros

01 – • favoritos (bookmarking)

01 – • sistemas hipertexto

01 – • tecnologias de preservação

01 – • vínculos e referência eletrônica cruzada

01 – • armazenamento

01 – • gestão de direitos digitais

01 – • Inteligência artificial (AI), sistemas especialistas, agentes inteligentes

01 – • cibernética

01 – • visualização e mapeamento

01 – • mineração de dados

01 – • reconhecimento de padrões e caracteres

01 – • agentes de busca e robôs

01 – • Telecomunicações

01 – • redes

01 – • fornecimento de informações através de sistemas sem fio (wireless) e via satélite

01 – • computadores de mão e outros assistentes digitais pessoais (personal digital assistants – PDA)

01 – • redes locais (local area networks – LAN) e expandidas (wide area networks – WAN)

01 – • Segurança, controle de acesso, autenticação, criptografia

01 – • produção de marca d’água digital

01 – • Outros

 

08 – Sistemas e serviços de informação eletrônica

01 – • Sistemas e serviços de busca e recuperação de informações

01 – • bases de dados bibliográficas, numéricas e de imagens

01 – • descrições de serviços em linha

01 – • Sistemas de informação personalizados, elaboração de alertas, disseminação seletiva

01 – • Sistemas e serviços de entrega de documentos

01 – • empréstimo interbibliotecário

01 – • compartilhamento de recursos

01 – • Sistemas de informação geográfica (geographic information systems – GIS)

 

09 – Fontes e aplicações para assuntos específicos

01 – • Ciências físicas

01 – • química

01 – • física

01 – • engenharia

01 – • ciências da terra

01 – • ciência da computação

01 – • energia

01 – • matemática

01 – • Ciências da vida

01 – • medicina

01 – • biociências

01 – • agricultura

01 – • meio-ambiente

01 – • Ciências sociais, humanidades, história, lingüística

01 – • Negócios

01 – • administração

01 – • economia

01 – • companhias

01 – • Direito, ciência política, governo

01 – • patentes e marcas comerciais

01 – • propriedade intelectual

01 – • jurisprudência

01 – • Notícias

01 – • Educação, biblioteconomia e ciência da informação, referência rápida

01 – • Outras/multidisciplinares

01 – • bases de dados biográficas e genealógicas

01 – • enciclopédias

01 – • bases de dados de teses e dissertações

 

10 – Bibliotecas e serviços bibliotecários

01 – • Descrições e tipos de bibliotecas

01 – • bibliotecas especiais

01 – • bibliotecas governamentais

01 – • bibliotecas universitárias e bibliotecas públicas

01 – • arquivos

01 – • museus

01 – • bibliotecas nacionais

01 – • bibliotecas depositárias

01 – • Serviços bibliotecários

01 – • Automação de bibliotecas, operações e planejamento estratégico

01 – • Consórcios e redes de bibliotecas, coalizões, cooperativas

01 – • Bibliotecas digitais e virtuais, bibliotecas híbridas

01 – • Ensino e treinamento

01 – • ensino a distância

01 – • educação continuada

01 – • instrução bibliográfica

01 – • escolas de biblioteconomia

01 – • cursos e currículos

 

11 – Informação e questões governamentais e legais

01 – • Proteção da propriedade intelectual

01 – • questões e implicações do direito de cópia

01 – • uso autorizado de cópias

01 – • marcas comerciais

01 – • lei de patentes

01 – • Legislação, leis e regulamentos (com exceção do direito de cópia)

01 – • Contratos e licenças

01 – • Questões de responsabilidade

01 – • filtragem

01 – • censura

01 – • privacidade

01 – • Fontes de informação pública

01 – • Políticas e estudos de informação

01 – • segurança

01 – • criptografia

01 – • privacidade

01 – • liberdade de informação

01 – • censura

01 – • políticas nacionais de informação

01 – • Sistemas e infra-estrutura

01 – • transferência de tecnologia

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

As ordenações hierárquicas sempre estiveram intimamente associadas à reflexão filosófica sobre o conhecimento. Na ciência, o uso de taxonomias, embora apresente um caráter eminentemente pragmático, voltado especialmente para a prática da pesquisa, envolve também, em qualquer hipótese, um trabalho teórico que não pode ser menosprezado, nem reduzido. No caso específico das taxonomias desenvolvidas para análise e avaliação do conhecimento produzido pelos vários campos da ciência – em especial nas esferas da sociologia, da filosofia e da história da ciência – a força epistêmica desses esquemas classificatórios se destaca (ALVARENGA, 2003), sobretudo em áreas do saber ainda não-consolidadas, cujos fundamentos teóricos ainda se encontram em processo de definição ou se caracterizam pela complexidade de sua matriz disciplinar (ODDONE, 1998; HAWKINS, 2001). Como observa exemplarmente Carneiro,

 

“[…] A vocação classificatória é uma espécie de fase necessária de toda ciência que, antes de teorizar gênese e estrutura, necessita compilar o conjunto de objetos com que irá trabalhar para definir o seu espaço disciplinar. […]” (CARNEIRO, 1999, § 8).

 

Para a ciência da informação, uma área do conhecimento cuja emergência se deu há apenas algumas décadas, a tentativa de ordenar e classificar seu próprio universo temático representa uma oportunidade ímpar para promover uma reflexão mais aprofundada sobre o arcabouço teórico da disciplina e as implicações deste sobre a atividade de pesquisa e de produção de novos conhecimentos (MIRANDA & BARRETO, 1999-2000). Adotando um ponto de vista meta-reflexivo, este estudo de representação e organização do conhecimento torna-se assim, ainda com maior propriedade, um exercício epistemológico, já que envolve, necessariamente, decisões a respeito do estado dos conceitos, definições, teorias, leis, modelos, métodos, premissas e princípios de ação e investigação concebidos pela área (HJØRLAND, 1992).

Por essa razão, ou seja, por tratar-se de uma tentativa de aproximação ao domínio epistemológico da disciplina, a taxonomia aqui proposta configura-se como um instrumento aberto, em processo de construção, a ser amplamente discutido e continuamente testado no contexto da comunidade de pesquisadores da ciência da informação, de modo a enriquecê-lo com comentários, acréscimos ou correções e a torná-lo uma ferramenta cada vez mais sintonizada com a especificidade da matriz conceitual da disciplina, promovendo a tão necessária verticalização e o tão almejado aprofundamento dos seus estudos (OLIVEIRA, 1998).

Os estudos de representação sempre estiveram na dianteira da ciência da informação, tendo sido pioneiros na criação e no desenvolvimento de teorias, métodos e modelos conceituais. Já os estudos de comunicação e política científica (SOUZA et al., 2003), há muito vêm divulgando análises da produção intelectual brasileira e estrangeira, defendendo a necessidade de produzir indicadores que possam ser proveitosamente aplicados à gestão e à administração da ciência e tecnologia. No entanto, os instrumentos classificatórios utilizados por esta última especialidade evidenciam pouco entrosamento com os estudos de representação do conhecimento. Esta parece mais dedicada a análises teóricas, enquanto a anterior empenha-se essencialmente em investigações de natureza empírica. Não sendo propostas por estudiosos da representação do conhecimento mas sim por historiadores, sociólogos, epistemólogos e outros investigadores, as tabelas temáticas adotadas nos estudos de comunicação científica carecem de fundamentos teóricos mais sólidos, produzindo um descompasso entre teoria e prática que acaba por prejudicar a definição de políticas eficazes para a administração do sistema científico (SOUZA, 2004).

 

 

REFERÊNCIAS

 

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1. Esta é uma versão revista, mas um pouco reduzida, do trabalho Uma nova taxonomia para a ciência da informação, apresentado pelas autoras durante o V ENANCIB (ODDONE & GOMES, 2003).

2. Professora do Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia. Doutoranda em Ciência da Informação pelo convênio IBICT/UFRJ.

3. Doutora em Ciências da Informação e da Comunicação pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), França.

4. OTLET, Paul. L'etat actuel de l'organisation mondiale de la documentation. Comunicação apresentada ao 6º Congresso Internacional de Química Industrial, 26 de setembro a 2 de outubro de 1926. Paris, 1927, p. 4. apud FÜEG, Jean-François. La cité mondiale d'Otlet, une utopie totalitaire? Les Cahiers Internationaux de Symbolisme, Genève, n. 95-96-97, p. 147-55, 2000.

5. A pesquisa desenvolvida pela primeira autora com financiamento da CAPES integra a tese de doutorado intitulada Ciência da informação em perspectiva histórica: o aporte da Documentação, 1930-1960, que será defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do IBICT (convênio UFRJ); já a pesquisa que vem sendo conduzida pela segunda autora possui financiamento do CNPq e faz parte do projeto em andamento intitulado A produção do conhecimento em biblioteconomia e ciência da informação no Brasil dos anos 90.

6. Considerando os projetos conduzidos pelas duas autoras, a relação dos periódicos pesquisados inclui: Ciência da Informação; Revista de Biblioteconomia de Brasília; Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG; Perspectivas em Ciência da Informação; Informação & Sociedade: estudos, Transinformação; Informare – Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Informação & Informação; Revista de Biblioteconomia e Documentação e Revista de Biblioteconomia do Maranhão/Infociência, no período de 1987 a 2002.